A infinidade de coisas que conseguimos fazer na internet é imensurável. Hoje podemos pagar nossas contas sem sair de casa, pedir algum delivery, agendar uma consulta… coisas que a uns anos atrás não era possível fazer com essa facilidade toda.
A ideia é que isso cresça cada vez mais e que todos possam se beneficiar deste uso. E é aí que entra o termo acessibilidade. A acessibilidade na web significa que qualquer pessoa que possua algum tipo de limitação possa utilizar a web, navegando, entendendo e interagindo, a fim de obterem proveito dessas facilidades, como fazer uma compra online por exemplo, de forma independente.
Essa limitação pode vir de várias vertentes: pode ser visual, auditiva, pessoas mais idosas que possam vir a ter alguma dificuldade, pessoas com conexões lentas, usuários pouco frequentes, e qualquer pessoa que tenha algum outro tipo de limitação, fazendo com que a navegação delas seja a melhor possível. É muito importante termos essa inclusão digital.
Curso Acessibilidade - Introdução
Conhecer o cursoA W3C é uma organização de padronização da web, incluindo os de acessibilidade. A W3C possui um documento especificamente voltado para isso: o WCAG - Web Content Accessibility Guidelines. Este documento traz as diretrizes de acessibilidade para conteúdo web, contendo um conjunto de recomendações que tem como objetivo justamente tornar o conteúdo web mais acessível.
Dentro dessas diretrizes temos quatro princípios:
1. Perceptível
Segundo o documento, as informações e os componentes da interface devem ser perceptíveis. Um exemplo são os conteúdos que são apenas decorativos, como uma formatação ou uma logo por exemplo, neste caso eles devem ser implementados de forma a ser ignorado pelas tecnologias de apoio. Um outro ponto é o redimensionamento de texto. O texto deve poder ser redimensionado em até 200% sem perder conteúdo ou alguma funcionalidade.
2. Operável
Nesse princípio os componentes da interface e a navegação devem ser operáveis. Um exemplo é fazer com que toda funcionalidade fique disponível a partir do teclado.
3. Compreensível
Toda a informação e a utilização da interface devem ser compreensíveis, tornando o conteúdo legível e entendível. Por exemplo, se acontecer algum erro na inserção de dados, o item que apresenta o erro deve apresentar alguma mensagem e/ou alguma cor diferente.
4. Robusto
Esse princípio preza que o conteúdo deve ser suficientemente robusto para que possa ser interpretado por uma ampla variedade de tecnologias assistivas.
No documento WCAG é explicado mais profundamente todos esses princípios e suas especificações. Mas, de início, você pode fazer coisas simples em seus projetos, mas que fazem toda diferença, como fazer textos simplificados e de fácil entendimento, se atentar a não utilizar somente cores para destacar um erro por exemplo e fazer uma descrição da imagem no atributo alt. Essas são apenas algumas recomendações.
Aconselho a leitura de nosso artigo sobre Acessibilidade em projetos web: como pensar desde o início.
Se quiser saber mais sobre esse assunto, lançamos recentemente um curso voltado a acessibilidade. Com este conhecimento você conseguirá que mais pessoas tenham acesso ao conteúdo do seu site, além de ajudar ao próximo a ter os mesmos proveitos que a internet pode nos oferecer.