O Android é conhecido por dominar o mercado de smartphones e tablets, sendo o sistema operacional para mobile mais utilizado nos últimos anos. E não parou por aí, o robozinho verde está ampliando e quer estar presente em todos os dispositivos possíveis! Depois do Android Auto (para carros) e o Android Wear (para dispositivos vestíveis como os relógios) o Google lançou o Android Things, uma versão do sistema operacional para a Internet das Coisas, também conhecida como IoT (Internet of Things).
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Essa tecnologia está surgindo para revolucionar o nosso dia a dia. Tem como objetivo conectar todos, sim, você leu certo, todos os dispositivos que utilizamos à rede mundial de computadores. Geladeiras, televisão, micro-ondas, relógios, alarmes, ar-condicionado, termostatos, máquinas de lavar, carros, máquinas industriais, enfim, TUDO! A ideia vai além de simplesmente conectar todos os dispositivos a internet, mas sim, torná-los mais eficientes e fazer com que comuniquem entre si.
Imagine sair de casa e, quando estiver voltando, acionar pelo celular o ar-condicionado que consultará o termostato para identificar a temperatura ideal para o ambiente. Ou então, toda a rede elétrica da sua casa ser cortada automaticamente em caso de vazamento de gás e você ser notificado pelo celular. São inúmeras as aplicações que podem surgir a partir de todos os equipamentos conectados. Esta revolução tecnológica vai além de residências, também pode atuar em lojas, indústrias, hospitais, transporte público, fazendas, plantações, etc.
Mas, é claro, não será tão simples assim, se tudo está conectado e dependente da rede, existem riscos caso algum equipamento falhe, seja um erro de software ou até mesmo uma invasão hackers. Por isso, há muito o que discutir sobre o assunto, afinal, não queremos ser vítimas da nossa própria tecnologia.
Android Things
Como todas as coisas conectadas à internet precisarão de um sistema operacional, a gigante da tecnologia não demorou e lançou o Android Things. Este SO é dedicado exclusivamente para a IoT.
A ideia do Google é de que qualquer desenvolvedor Android possa desenvolver um dispositivo inteligente utilizando as APIs disponibilizadas, além de tornar a integração com os outros dispositivos, que já utilizam outras versões do sistema, de forma simples e fácil. Por isso, o Google já disponibiliza tudo o que você precisa para começar a desenvolver com o Android Things através do site para desenvolvedores.
Até o momento, existem quatro plataformas de hardware disponíveis para o Android Things:
- Intel® Edison: Possui um processador Intel® Atom™ de 500MHz dual-core x86 e 1 GB de RAM;
- Intel® Joule: Possui um processador Intel® Atom™ de 1.5GHz/1.7GHz quad-core x86 e 3GB/4GB de RAM;
- NXP Pico i.MX6UL: Processador NXP i.MX6Ultralite de 500MHz ARM Cortex A7 e 512MB de RAM;
- Raspiberry Pi 3: Com um processador Broadcom BCM2837 de 1.2GHz quad-core Cortex A53 e 1GB de RAM.
Para cada um destes hardwares existe uma imagem do sistema operacional para download.
A arquitetura do Android Things não é muito diferente do convencional. Ele estende o core do framework do Android com um adicional das APIs fornecidas pela Things Support Library. Essas APIs permitem que haja integração dos aplicativos com novos tipos de hardware que não são encontrados em dispositivos móveis.
Além disso, esta plataforma é simplificada e trabalha com single application. Não possui aplicativos de sistema e o seu app é iniciado automaticamente na inicialização do SO. Possui suporte para alguns serviços do google como as APIs de Localização, Mobile Vision, Firebase Storage, FCM, Firebase Realtime Database, entre outras. As APIs que requerem autenticação não estão disponíveis como AdMob, Firebase Authentication, Maps, etc.
Enfim, o Android Things está vindo com tudo para impulsionar a IoT e mostrar para o que veio. Então é bom ficar atento às novidades que, com certeza, não pararão de surgir.
Um abraço, e até a próxima!