Olá, Web Developers!
Hoje trazemos para vocês uma entrevista com o Jaydson Gomes, primo do Felipe Moura com quem fundou a Nasc e BrazilJS.
Se você ainda não viu, o Reinaldo Ferraz foi o último entrevistado por nós.
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Conhecer o cursoFale um pouco sobre você (de onde é, onde mora, o que faz, onde trabalha atualmente, etc)
Meu nome é Jaydson Gomes e sou de Porto Alegre, cidade onde ainda vivo atualmente. Desde 2015 (https://jaydson.com/novos-rumos-2015/) me dedico 100% ao meu próprio negócio, a Nasc, empresa responsável, entre outras coisas, pela BrazilJS.
Quando e como você começou a se interessar pela área?
O primeiro video-game que tive foi um Atari, na época que o MasterSystem era o que existia de mais legal. Quando o Nintendo estava bombando, eu tive uma MegaDrive.
De certa forma entrei tarde na área. Foi só aos 16/17 anos que fui ter o meu primeiro computador (um belo K62 ❤️ com incríveis 16MB de memória RAM, puro luxo).
Meu primeiro contato com a área mesmo foi quando consegui meu primeiro emprego na empresa de um amigo. O job era montar e consertar computadores. Foi aí que aprendi toda a base de como as coisas funcionavam e logo me dei conta que eu não gostava muito de hardware. Então comecei lentamente a migrar para o desenvolvimento de software.
Um ponto importante é que esse processo foi lento, devido ao que mencionei acima. Eu nunca achei que seria capaz de entender como um computador funcionava e muito menos fazer software, parecia algo de outro mundo pra mim. Mas cá estou. 😀
Como foi seu primeiro trabalho na área?
Nessa empresa do meu amigo aprendi muito. Aprendi como não fazer muita coisa e também aprendi a base da computação.
Serei eternamente grato pela oportunidade que tive na época, foi um aprendizado para a vida. No primeiro emprego com carteira assinada eu fazia muita coisa na área de TI e tinha tempo para estudar e aplicar o que aprendi desenvolvendo pequenas ferramentas, isso também me ajudou bastante.
Somando essas duas experiências, consigo ver nitidamente o quanto amadureci em pouco tempo e o quanto isso contribuiu para a minha formação. Fazer experimentos é algo que ajuda muito e mantenho esse hábito até hoje.
Nesses anos de experiência, tem algo que você deixou de fazer por algum receio e que hoje enxerga que poderia ter sido uma grande oportunidade?
Uma das poucas coisas que deixei de fazer durante o caminho da minha carreira foi deixar algumas coisas que gostava muito de fazer de lado, justamente pelo receio de não conseguir me sair bem na área, acabei focando 100% em tecnologia. Não recomendo.
É preciso tempo para entender. Nossa sociedade é estruturada de maneira que apenas um caminho profissional deve ser seguido e assim somos doutrinados e condicionados. O que tu quer ser quando crescer? Hoje tento me dedicar a tudo que gosto de fazer e faço tudo com paixão.
A vida é muito curta para fazer uma coisa só, e sim, é possível exercer mais de uma profissão, ter hobbys, se divertir, etc. Se tu não consegue equilibrar isso é por falta de gerenciamento de tempo.
“Não tenho tempo para ver séries”, “Não tenho tempo para praticar um esporte”, “Não tenho tempo para aprender um instrumento”, “Não tenho tempo para tomar aquela cerveja com amigos/amigas” Tudo bullshit.
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Conhecer o cursoComo é seu trabalho hoje e o que você considera de maior aprendizado adquirido na Nasc e BrazilJS?
Minha principal função na Nasc é conectar empresas e comunidade. Na BrazilJS, é levar conteúdo inédito e relevante para a comunidade. Comunidade é a palavra chave, mesmo.
Nosso business só existe por conta do nosso envolvimento com a comunidade desde o início de nossas carreiras.
O aprendizado é constante e diário. Posso elencar dois grandes. Um deles é comercial. Vender coisas nunca foi minha ambição, mas hoje essa é uma das minhas atividades principais, e esse foi um grande aprendizado. Manter a BrazilJS não é uma tarefa fácil, mas posso dizer que estamos indo bem.
O outro aprendizado que julgo como um dos mais importantes é sobre a própria comunidade. Mesmo fazendo parte e tendo interesse desde o início de minha carreira, somente há uns 4 ou 5 anos é que comecei a notar que existia algo mais forte.
Está em nossas mãos o poder de mudar a realidade e a sociedade. Comunidades de tecnologia são como um espelho da sociedade, se conseguimos muda-las, mudamos um pouco do todo.
Eu só aprendi sobre diversidade e sobre sua importância por conta do trabalho que fazemos.
O que você sente de maior prazer em trabalhar com tecnologia?
Não é em toda área que se tem o poder de transformar uma ideia em realidade em tão pouco tempo. Pra mim, esse é um dos maiores prazeres de se trabalhar com tecnologia.
Outro ponto importante é estar conectado com o futuro. Trabalhar com tecnologia me permite viajar no tempo, estar sempre pensando no que ainda não existe e no que é possível ou impossível, esse é um prazer imenso.
Durante sua carreira, quais pontos você enxerga que amadureceu e que ainda precisa amadurecer profissionalmente?
O maior amadurecimento, no meu ponto de vista, é saber que nunca se é maduro o suficiente, por mais paradoxal que isso pareça. Todo ano eu tento fazer tudo diferente, não somente por querer fazer diferente, mas por saber que pode e deve ser melhor.
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Conhecer o cursoQuer deixar um recado para os nossos colegas ou para quem está começando?
Mais caos e menos burocracia. Acredito que somente processos caóticos contribuem para a evolução e inovação constante. Claro, o equilibrio é sempre a melhor dose, mas a transformação verdadeira não virá de coisas estáticas e escritas em pedra.
Foquem na carreira, mas não esqueçam do que gostam de fazer e se possível, foquem também em outras áreas de interesse. Diversidade é importante e ponto final. É importante em eventos, em empresas, onde for.
Tecnologia é massa, mas é só o meio do caminho, às vezes nem isso. Não seja idiota, ninguém gosta de gente idiota.
Fique Ligado!
Para seguir o Jaydson Gomes: