Olá, Web Developers!
Muitos aqui já devem ter ouvido falar desse tal GraphQL há algum tempo, mas sem saber ainda o que ele é e por que deveríamos cogitá-lo na nossa stack de desenvolvimento. Talvez ele seja uma boa pedida para o seu projeto.
Vamos entendê-lo um pouco mais?
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Conhecer o cursoComo tudo começou
O GraphQL começou no Facebook. Imagine que para exibir uma lista de posts era necessário o acesso a uma API, e dentro de cada post tinha que vir uma lista dos usuários que curtiram. Dentro de cada objeto de usuário tem que vir o nome, foto do perfil, link para o perfil, se o usuário já é seu amigo, etc.
Pelo menos é isso que nós podemos ver quando acessamos o Facebook pelo navegador. Mas quando estamos no aplicativo mobile, não temos todas essas informações do usuário. O que temos é uma lista de usuários que curtiram e o link para seu perfil.
Poderíamos então evitar que o servidor nos envie dados que não vamos precisar, deixando o nosso app mobile mais rápido e economizando dados (bom para quem está no 3G ou 4G).
Mas, sério, não é legal criar uma nova API apenas para enviar uma estrutura levemente diferente, como “mobile/posts”.
É muito comum também que, em sistemas maiores, os dados fiquem em diferentes bases de dados. Podemos, por exemplo, ter dados relacionais no MySQL, guardar certas informações em forma de documentos no MongoDB e ter pequenos dados para consultas rápidas no Redis.
É aqui que começamos a ver que teremos um bom trabalho: juntar dados de bancos diferentes e enviar uma estrutura diferente para cada tipo de aplicação.
O GraphQL entra em cena
Ao invés de ter que ficar criando uma API para cada estrutura diferente de dados e/ou ficar manualmente fazendo consultas para cada banco e depois juntar os dados, que tal simplesmente dizer a “alguém” o que você precisa?
Para fazermos uma consulta no GraphQL, teríamos algo parecido com isso:
query {
posts
}
Declaramos uma consulta com query
e indicamos que queremos um campo com o nome posts
.
Também podemos criar consultas que tenham mais níveis, como:
query {
posts {
likes
comments
shares
}
}
É possível, ainda, passar parâmetros, como:
query {
posts (userId: 157321){
likes
comments
shares
}
}
Dúvidas comuns
Não gosto de ferramentas do Facebook
O GraphQL é mais uma especificação. Então você pode usar outras ferramentas que fazem o mesmo e que não sejam do Facebook.
Uma ferramenta parecida, que visa resolver o mesmo problema, é o Falcor, desenvolvida pela Netflix.
Se eu for trabalhar com GraphQL, terei que usar React?
Não. O GraphQL pode ser usado com qualquer framework, biblioteca ou linguagem de programação.
A ideia do cliente dizer o que quer não me parece segura…
Fique tranquilo. O GraphQL tem uma coisa chamada resolvers
. Com eles você pode cuidar da segurança de seus dados, permitindo ou não que determinado usuário acesse-os.
Ainda acho que não preciso disso. Minha aplicação já está muito boa com as APIs existentes.
Se você acredita que não tem problema e que a sua solução hoje já funciona perfeitamente, ótimo.
A ideia do GraphQL é ajudar a solucionar determinado problema. Se você não tem esse problema em sua aplicação, realmente você não precisa gastar tempo implementando uma ferramenta a mais.
Concluindo
O GraphQL é uma linguagem de consulta que facilita o nosso trabalho na hora de fazer requisições, basta que indiquemos os campos que queremos sem que nos preocupemos de onde os dados estão vindo.
Caso queira fazer alguns testes, acesse o GitHub GraphQL.
Tente executar, por exemplo, a seguinte query:
query {
repository(owner: "graphql", name: "graphql-js"){
name
description
}
}
O que achou do GraphQL? Já teve algum problema que poderia ter sido resolvido com ele? Acha que precisará dele em um novo projeto? Compartilhe com a gente aí nos comentários!